Programação
12h: Prefácio - Oficinas
14h: Performance Máscara (teatro)
15h: Canções de Luciano Carvalho (Música)
16h: O Disfarce do Ovo – Experimento 1 (teatro)
16h30: Alembrar (teatro)
18h: Curtas (Casa Fanti Ashanti, Alguns Recados e Buriti)
19h: CIDADE(S) - cartão postal em 4 atos (teatro)
19h40: O Disfarce do Ovo – Experimento 1 (teatro)
20h: Curtas (Enquanto você dormia, Alphaville, Rua Mão Única, Desequilíbrio)
21h: Grupo Zabandá - Roda de Congo (Música)
22h: Posfácio dançante (Música)
E + ou ao longo do dia...
Exposição (plásticas, vídeos, experimentos e fotos)
Quem vai participar
Painel Coletivo (latex, spray e posca ao vivo)
dimaz, TiagoNavas e baga
Flávio Soares e Alexandre Szolnoky
http://szaszak.wordpress.com/video/ (blog do Flávio)
"Laboratorio del Sonido" - Vídeo Instalação
Marinês Mencio
"Cartografias Sentimentais" - Vídeo Instalação
Quatro video-makers de quatro países abrem os olhos de suas câmera para sentir as cidades onde vivem.
"1 – O Número mais solitário"
50 aquarelas em obra de Alexandre Szolnoky
"Faixa de Gaze"
Ilana Braia e José Nasser
Fotografias de Monica Soffiatti
Na atmosfera desértica do não-lugar, duas pessoas se relacionam. Nesse lugar simbólico, representado por um deserto, que, como metáfora, pode ser a megalópole, o shopping center, o aeroporto, a super-via e outros não-lugares, os dois procuram alguma possibilidade de encontro.
A faixa, metaforicamente, é um vínculo que, ora separa, ora une; que aprisiona ou liberta.
Também simboliza um território em conflito, a separação entre duas culturas, dois povos.
Os artistas, um árabe e o outro judeu, querem falar neste lugar que existe ou que poderá existir, onde a diferença não sejam impedimento para a existência de diálogo. Esse lugar/não-lugar está situado no território das necessidades humanas: necessidade do encontro ou do próprio lugar do encontro.
"Under My Thumb"
Duda Valle e Ana Paula Albe
FOTOS
Flavia Tojal - "A senhora tem autorização para fotografar?"
http://www.flaviatojal.fot.br
Adriana Machado - "Juntos"
Renata Velguim - "Jogos do Olhar"
A exposição de fotos de Renata Velguim documenta o processo de criação da encenação ISAURA S/A + 1 Experimento Hidráulico retratando o percurso do Coletivo Jogos do Olhar em sua busca por uma locação. Essa encenação é fruto da pesquisa de mestrado de Verônica Veloso, cujo ponto de partida é a observação de procedimentos do cinema para a composição das cenas teatrais.
Para escolher a locação mais pertinente ao estudo, o Coletivo percorreu uma série de espaços da Cidade Universitária da USP: o Velódromo, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, o Biênio da Politécnica, o Bosque da Física e o Laboratório de Hidráulica (espaço escolhido). Cada um desses lugares foi experimentado pelo Coletivo, por meio dos jogos do olhar, propostas de interação com espaço que permitiam a análise dele como um possível lugar para a encenação fixar "residência".
O Laboratório de Hidráulica convidou os jogadores a se apropriarem dele, exibiu-se aos criadores que decidiram os pontos de onde os futuros visitantes (espectadores) o apreciaria e, finalmente, ditou ao Coletivo temas, recortes para o olhar e fragmentos de estórias que poderiam acontecer ali. Essa pesquisa dá voz ao espaço, personagem principal dessa encenação que tira o teatro do seu edifício tradicional e assume que qualquer lugar pode servir de palco para o teatro contemporâneo. Os lugares dizem, os não-lugares sussurram em nossos ouvidos: seria possível ressignificá-los?
Renata Velguim - "O Disfarce do Ovo pelos não-lugares"
TEATRO
"Alembrar"
grupo Forte Casa Teatro
Direção: Rebeca Braia
Direção Musical
Elenco: Erika Coracini, Magê Blanques, Natália Grisi, Wilson Mandri
Sinopse "Alembrar" é a fábula de uma cidade fictícia – Vila Longe – onde o povo está perdendo a memória de suas crenças e costumes, e se depara com uma catástrofe natural – o rio invade a cidade. Nesta cidade, um dia existiu uma lenda, já esquecida por todos: O rio vizinho à cidade veio das lágrimas de uma moça que muito chorou a morte do namorado, que virou um peixe. Diz a lenda que no dia em que todos perderem o respeito pelo rio e por seus mistérios, este se voltará contra a cidade.
Performance de máscaras
grupo Forte Casa Teatro
Direção: Magê Blanques
Elenco: Damaris Linhares, Erika Coracini, Lu Maia, Rebeca Braia,Thiago Prates e Wilson Mandri
http://fortecasateatro.blogspot.com/
"O Disfarce do Ovo - Experimento nº 1"
Direção: Verônica Veloso
Assistente de Direção: Paulina Caon
Elenco: Beatriz Cruz e Gabriela Cordaro
Fotos: Renata Velguim
A performance que apresentaremos é parte do processo de criação de um espetáculo, ainda sem título, onde buscamos provocar o encontro entre o universo pessoal de Clarice Lispector e o espaço da solidão e da semelhança de Marc Augé.
Propomos com a intersecção dos dois autores um resgate do aprender a ser.
CIDADES(S) - cartão-postal em 4 atos
MUSICA
Roda de Congo _ Grupo Zabandá
O Zabandá atua no cenário musical de São Paulo, desde 1999 . O grupo pesquisa, canta e divulga o congo do Espirito Santo .
FILMES
"A Barca - Coleção Turista Aprendiz"
Vídeo – documentário “Casa Fanti Ashanti” 17 min.
A Barca é um grupo paulista que trabalha com a pesquisa e a movimentação da cultura popular brasileira. Partindo da reflexão sobre o fazer artístico e suas responsabilidades estéticas e sociais, realiza um amplo trabalho de criação de espetáculos, documentação, arte-educação e produção cultural. IAcreditando na cultura tradicional como material de formação essencial do artista brasileiro e matéria-prima para uma criação artística universal, a Barca procura refletir de forma abrangente sobre o papel da arte nas comunidades tradicionais. O grupo produziu o CD Turista Aprendiz (2000) com a comunidade da Casa Fanti Ashanti - Maranhão.
www.barca.com.br" barca.com.br
"Alguns Recados"
17'05"
Direçao de Thiago Faelli, com Gabriela Cordaro, Joao Paulo Zucatelli, Renata Gaspar e Marco Barreto
"Buriti"
5'38
Realizado por Felipe Julián, membro do
www.axialvirtual.com
"Enquanto Você Dormia"
12'
André Lefcadito
Em algumas cidades há mais lugares que em outras.
2005
Elenco: Leona Cavalli e Rodrigo Matheus
Um equilibrista. Uma prostituta. Assimétricos sonhos pelas geometrias da cidade de São Paulo.
2007
Ficção – 16'04''
Direção: Paulinho Caruso
"Rua Mao Única"
Direção: André Gevaerd
Elenco: Luis Ramalho, André Ceccato, Black Gero, André Luis Patrício
Ficção – 12'45''
Dois seguranças. Dois Bandidos. Um grande muro de condomínio. O vazio condena os personagens.
sinais universais
Reflexão empírica num aeroporto da vida
"Saboreava a impressão de liberdade que lhe davam, ao mesmo tempo, o fato de haver-se livrado da bagagem e, mais intimamente, a certeza de n"ao ter mais que aguardar a sequëncia dos acontecimentos, agora que se "enquadrara", colocara no bolso o cartão de embarque e declinara sua identidade.(...)Hoje, não é nos locais superpopulosos, onde se cruzam, ignorando-se, milhares de itinerários individuais, que subsiste algo do encanto vago dos terrenos baldios e dos canteiros de obras, das esta~c"oes e das salas de espera, onde os passos se perdem, de todos os lugares de acaso e de encontro, onde se pode sentir de maneira fugidia a possibilidade mantida da aventura, o sentido de que só se tem que "deixar acontecer"?"
Trecho de prõlogo do livro "Não-lugares", de Marc Auge.
Do lugar ao Não-lugar
Juro! A Fontana di Trevi, em Roma, é um lugar que virou não-lugar pela quantidade de flash. Sério, sentar na escadaria, se você conseguir lugar, por alguns segundos e fotografar as fotografias que são tiradas lá é um programa que pode salvar o programa meio de índio de ir à Fontana.
"Cada sorriso é um flash", célebre não-frase!
Sozinho, porém com a sensação de familiaridade de quem não tem que se expor a uma relação, você se sente confortável. Não há mais supresas. Porque nessa repetição arquitetônica e social, conhecida e previsível, nao é necessário incorporar a vontade do outro.
E o que mais poderá haver na cidade? Talvez seja hora de pensar sobre isso.
Esse conceito ultrapassa os limites físicos do espaço e descreve uma crescente percepção do mundo atual. Quando em um não-lugar sua relação é feita através de códigos pré-determinados, a memória se perde e a história é um relato contínuo do presente. Neles, sua identidade é um cartão de crédito, um RG ou um CPF. Quem o ocupa está prometido à uma individualidade solitária.
O mundo evolui em cidades, ocupadas por gente, que ocupa não-lugares.
Não-lugares são as vias de acesso, os espaços públicos de rápida circulação e conglomerados neutros, como supermercados, aeroportos, shopping-centers e hotéis. Que se opõem aos lugares, definidos como identitários, relacionais e históricos, ou seja, a sua casa, seu bar preferido ou a praça da rua de trás.
cidade
Habitat de seres humanos; lugar ou meio em que cresce ou vive normalmente qualquer ser organizado; meio geográfico restrito em que uma sociedade pode sobreviver.
50% do mundo é cidade. Em 40 anos seremos 75% vivendo em cidades.